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Pergunta e Resposta 050:

Hoje, no Novo Testamento, existe ainda a "unção com azeite", seja em pessoas doentes, separação para ministério ou todos os tipos coisas materiais?

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Resposta:

No Velho Testamento, o azeite, conforme a circunstância ou o momento em que era empregado apresentava um significado específico, trazendo, para os tempos atuais, no Novo Testamento, a interpretação revelada em figuras, alegorias e parábolas.

Para responder à pergunta apresentada, antes, farei uma necessária passagem pelo Velho Testamento, abrangendo alguns detalhes sobre o Tabernáculo terreno, levantado por Moisés, servo do SENHOR.

O SENHOR Deus determinou a Moisés para que este edificasse o Tabernáculo terreno. Entre todas as peças, denominadas de vasos e utensílios, estava o candelabro ou castiçal com hastes, que era posicionado dentro da Tenda da Congregação, no Lugar Santo.

Candelabro - Menorah

Candelabro é uma luminária que possui mais de uma haste, ou, candelabro é um castiçal com vários braços ou canas ligadas nele, formando peça única. Castiçal, isoladamente, é a luminária que possui apenas uma haste com sua lâmpada.
A Menorá (no hebraico: menorah - lâmpada, candelabro), é um candelabro que contém sete hastes, sendo um central (castiçal) e outros seis ligados neste, três de cada lado. O candelabro das Escrituras (Êxodo 37:17-24) foi produzido de ouro batido, maciço puro, e posicionado dentro do Santo Lugar da Tenda da Congregação, no Tabernáculo terreno levantado por Moisés.

Obs: As diversas traduções existentes da Palavra de Deus apresentam para a expressão "candelabro", também, castiçal e candeeiro, provocando certo conflito ou desencontro na compreensão. Necessário considerar que, candelabro é uma peça tendo em si a reunião de mais de uma haste ou cana e, castiçal, é uma haste isolada tendo apenas uma vela ou lâmpada. Na descrição apresentada no livro do Êxodo, capítulo 37, versículo 17, a expressão "candelabro" refere-se à peça completa. Nos versículos posteriores, temos a expressão "castiçal" referindo-se à haste central e outras seis canas, braços ou hastes que saem daquele. O castiçal (central) com seus braços, canas ou hastes, formam um candelabro.

Sobre o candelabro:
Livro do Êxodo, capítulo 37, versículos 17-24, diz:
"17. Fez também o candelabro de ouro puro; de obra batida fez este candelabro; o seu pé, e as suas canas, e os seus copos, e as suas maçãs, e as suas flores, na mesma peça
18. Seis canas saíam dos seus lados: três canas do castiçal, de um lado dele, e três canas do castiçal, do outro lado. 
19. Numa cana, estavam três copos a modo de amêndoas, uma maçã e uma flor; e noutra cana, três copos a modo de amêndoas, uma maçã e uma flor; assim para as seis canas que saíam do castiçal
20. Mas no mesmo castiçal havia quatro copos a modo de amêndoas com as suas maçãs e com as suas flores. 
21. E era uma maçã debaixo de duas canas do mesmo; e outra maçã debaixo de outras duas canas; e mais uma maçã debaixo de outras duas canas; assim se fez para as seis canas que saíam dele
22. As suas maçãs e as suas canas formavam a mesma peça; tudo era uma obra batida de ouro puro. 
23. E fez-lhe sete lâmpadas; os seus espevitadores e os seus apagadores eram de ouro puro. 
24. De um talento de ouro puro o fez, e todos os seus utensílios". (destaques meus)
(Ver também: Êxodo 25:31-40) 

O óleo, azeite da oliveira, puro, que era colocado nas luminárias do candelabro, para as lâmpadas ficarem acesas continuamente, representa o Espírito Santo, a Vida, que faz manifestar a Luz da glória do SENHOR Deus.

Sobre o azeite puro para as lâmpadas do candelabro:
Livro do Êxodo capítulo 27, versículos 20 e 21, diz:
"20. Tu pois ordenarás aos filhos de Israel que te tragam azeite puro de oliveiras, batido, para o candeeiro, para fazer arder as lâmpadas continuamente.
21. Na tenda da congregação, fora do véu que está diante do testemunho, Arão e seus filhos as porão em ordem, desde a tarde até a manhã, perante o SENHOR; isto será um estatuto perpétuo para os filhos de Israel, pelas suas gerações". (destaques meus)

Livro de Levítico capítulo 24, versículo 2, diz:
"Ordena aos filhos de Israel que te tragam azeite de oliveira, puro, batido, para a luminária, para manter as lâmpadas acesas continuamente". (destaque meu)

Atenção! Há diferença entre o azeite puro, batido, para as lâmpadas do candelabro e o azeite da unção. O azeite para as lâmpadas do candelabro é puro. O azeite da unção é misturado com especiarias.

Sobre o azeite (óleo) para unção:
Livro do Êxodo capítulo 25, versículo 6, diz:
"Azeite para a luz, e especiarias para o óleo da unção, e especiarias para o incenso". (destaque meu)

Livro do Êxodo capítulo 29, versículos 4-7, diz:
"4. Então, farás chegar Arão e seus filhos à porta da tenda da congregação e os lavarás com água; 
5. Depois, tomarás as vestes e vestirás a Arão da túnica, e do manto do éfode, e do éfode mesmo, e do peitoral; e o cingirás com o cinto de obra de artífice do éfode. 
6. E a mitra porás sobre a sua cabeça; a coroa da santidade porás sobre a mitra; 
7. E tomarás o azeite da unção, e o derramarás sobre a sua cabeça; assim o ungirás". (destaque meu)

Livro do Êxodo capítulo 29, versículo 21, diz:
"Então tomarás do sangue, que estará sobre o altar, e do azeite da unção, e o espargirás sobre Arão e sobre as suas vestes, e sobre seus filhos, e sobre as vestes de seus filhos com ele; para que ele seja santificado, e as suas vestes, também seus filhos, e as vestes de seus filhos com ele". (destaque meu)

Livro do Êxodo capítulo 30, versículos 22-33, descreve como fazer o azeite da unção ou óleo sagrado da unção (conforme a tradução) e, tal óleo não será usado para ungir carne de homem, exceto aos sacerdotes.
"22. Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo: 
23. Tu, pois, toma para ti das principais especiarias: da mais pura mirra, quinhentos siclos; e de canela aromática, a metade, a saber, duzentos e cinquenta siclos; e de cálamo aromático, duzentos e cinquenta siclos; 
24. E de cássia, quinhentos siclos, segundo o siclo do santuário; e de azeite de oliveiras, um him. 
25. E disto farás o azeite da santa unção, o perfume composto segundo a obra do perfumista; este será o azeite da santa unção. 
26. E com ele ungirás a tenda da congregação, e a arca do Testemunho, 
27. E a mesa com todos os seus utensílios, e o castiçal com os seus utensílios, e o altar do incenso, 
28. E o altar do holocausto com todos os seus utensílios, e a pia com a sua base. 
29. Assim, santificarás estas coisas, para que sejam santíssimas; tudo o que tocar nelas será santo
30. Também ungirás a Arão e a seus filhos e os santificarás para me administrarem o sacerdócio. 
31. E falarás aos filhos de Israel, dizendo: Este me será o azeite da santa unção nas vossas gerações. 
32. Não se ungirá com ele a carne do homem, nem fareis outro semelhante conforme a sua composição; santo é e será santo para vós. 
33. O homem que compuser tal perfume como este, ou que dele puser sobre um estranho, será extirpado dos seus povos". (destaques meus)  

Livro do Êxodo capítulo 35, versículo 8, diz:
"E azeite para a luminária, e especiarias para o azeite da unção, e para o incenso aromático". (destaque meu)

Livro do Êxodo capítulo 39, versículo 37, diz:
"O candelabro puro com suas lâmpadas, as lâmpadas em ordem, e todos os seus pertences, e o azeite para a luminária". (destaque meu)

Livro do Êxodo capítulo 40, versículo 9, diz:
"Então tomarás o azeite da unção, e ungirás o tabernáculo, e tudo o que há nele; e o santificarás com todos os seus pertences, e será santo". (destaque meu)

Evangelho de Mateus capítulo 25, versículo 3, diz:
"As loucas, tomando as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo". (destaque meu)

Evangelho de Lucas capítulo 10, versículo 34, diz:
"E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele". (destaque meu)

O Tabernáculo terreno, levantado por Moisés, segundo o SENHOR determinara, era e é (pois ainda é e eternamente será), a representação como figura e alegoria das sombras das coisas ou bens futuros e eternos. Cada móvel ou utensílio tem representação figurada, significando verdades sobre personagens e eventos espirituais eternos.
Livro do Êxodo, capítulo 25, versículos 8 e 9, diz:
"8. E me farão um santuário, e habitarei no meio deles. 
9. Conforme tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo e para modelo de todos os seus móveis, assim mesmo o fareis". 

No livro do Êxodo, capítulo 30, versículo 29, diz: "Assim, santificarás estas coisas, para que sejam santíssimas; tudo o que tocar nelas será santo", ou seja, os materiais terrenos, tornam-se santíssimos, pela verdade real eterna neles representadas.

Ungir o tabernáculo e seus vasos para que fossem santíssimos significa que esses móveis, utensílios ou vasos passaram para a condição daquilo que existe do Reino dos Céus, o Reino de Deus, sendo, aqui, representações, figuras e alegorias de verdades celestiais que existem. Os vasos do tabernáculo, segundo a Palavra de Deus, possuem significados diversos, pois, podem representar figuradamente o SENHOR Deus e Pai, o Senhor Jesus Cristo, pessoas, anjos, serafins, querubins, poder, dons, eventos etc. Sendo verdades celestiais reais e existentes, são santíssimas, ou seja, são puríssimas, sem qualquer mínima mácula terrena. Por isso, posso usar os verbos das ações tanto no passado como no presente porque ainda existem, conforme as sombras das coisas ou bens futuros.

Carta aos Hebreus, capítulo 10, versículo 1, diz:
"Porque, tendo a lei a sombra dos bens futuros e não a imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam". (destaque meu)  

Tudo acrescentam conforme a verdade revelada no tabernáculo ou quando, por exemplo, Jacó levantou um montão de pedras e derramou azeite sobre elas. Hoje, você não faz isso, pois, os rituais do Velho Testamento, hoje, se praticados pelo modo natural, não exercem nenhum valor real. Os rituais, móveis, objetos, utensílios e vasos que existiam no Tabernáculo terreno, a partir de Cristo, deixaram de ser praticados e utilizados, pois, pelo Espírito Santo de Deus e a revelação das figuras, alegorias e sombras das coisas ou bens futuros, passam a existir, em dimensão espiritual, realmente, na Igreja do Senhor. O que estava apenas em figuras e alegorias agora é manifestado pelo poder de Deus. A prática natural com significados espirituais, passa para a prática espiritual diretamente nas coisas espirituais, na dimensão celestial. A prática, após Cristo, passou para outra dimensão, conforme a revelação das verdades espirituais eternas existentes nos rituais do Antigo Testamento.

Nos dias de hoje, derramar azeite sobre a cabeça de um obreiro, ungindo ou consagrando para o ministério não tem amparo diante da Palavra de Deus no Novo Testamento, nem, também, consequentemente, efeito real ou valor, pois, a unção vem do derramar do Espírito Santo sobre a pessoa. No Novo Testamento, àqueles que Deus chamou, vocacionou e enviou, concedeu dons do Espírito Santo para o ministério, sem derramamento de azeite puro ou azeite da unção sobre a cabeça.

Os dons são distribuídos conforme o que for útil, diz a Palavra de Deus:
Carta 1 Coríntios, capítulo 12, versículos 1-31, diz:
"1. Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes. 
2. Vós bem sabeis que éreis gentios, levados aos ídolos mudos, conforme éreis guiados. 
3. Portanto, vos quero fazer compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: Jesus é anátema! E ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo. 
4. Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo
5. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo
6. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos
7. Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil. 
8. Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; 
9. E a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar
10. E a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas. 
11. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer. 
(...)
27. Ora, vós sois o corpo de Cristo e seus membros em particular. 
28. E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente, apóstolos, em segundo lugar, profetas, em terceiro, doutores, depois, milagres, depois, dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas. 
29. Porventura, são todos apóstolos? São todos profetas? São todos doutores? São todos operadores de milagres? 
30. Têm todos o dom de curar? Falam todos diversas línguas? Interpretam todos? 
31. Portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente". 

O azeite ou óleo da unção representa, no Antigo Testamento, o Espírito Santo de Deus. Hoje, a imposição da mão sobre a cabeça de uma pessoa derrama sobre esta o Espírito Santo de Deus. Aquele que já é ungido, cheio do Espírito Santo, batiza com o Espírito Santo, quando impõe sua mão sobre a cabeça daquele que ainda não foi batizado (com o Espírito Santo). Figuradamente, o ungido, cheio do Espírito Santo, é um vaso cheio de azeite (Espírito Santo) que derrama deste sobre outra pessoa.

Atos dos Apóstolos, capítulo 8, versículos 14-17, diz:
"14. Os apóstolos, pois, que estavam em Jerusalém, ouvindo que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João
15. Os quais, tendo descido, oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo
16. (Porque sobre nenhum deles tinha ainda descido, mas somente eram batizados em nome do Senhor Jesus.) 
17. Então, lhes impuseram as mãos, e receberam o Espírito Santo
18. E Simão, vendo que pela imposição das mãos dos apóstolos era dado o Espírito Santo, lhes ofereceu dinheiro, 
19. Dizendo: Dai-me também a mim esse poder, para que aquele sobre quem eu puser as mãos receba o Espírito Santo. 
20. Mas disse-lhe Pedro: O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois cuidaste que o dom de Deus se alcança por dinheiro". (destaques meus)

Atos dos Apóstolos, capítulo 19, versículos 4-7, diz:
"4. Mas Paulo disse: Certamente João batizou com o batismo do arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo. 
5. E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus. 
6. E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas e profetizavam
7. Estes eram, ao todo, uns doze varões". (destaque meu) 

Carta 1 Timóteo, capítulo 4, versículos 13-16, diz:
"13. Persiste em ler, exortar e ensinar, até que eu vá. 
14. Não desprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do presbitério. 
15. Medita estas coisas, ocupa-te nelas, para que o teu aproveitamento seja manifesto a todos. 
16. Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina; persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem". (destaque meu)

Carta 2 Timóteo, capítulo 1 versículos 6 e 7, diz:
6. Por este motivo, te lembro que despertes o dom de Deus, que existe em ti pela imposição das minhas mãos
7. Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação". (destaque meu) 

Nos dias atuais não deve ser produzido e nem derramado o óleo da unção ou azeite sobre pedras (figura de pessoas), mas, diretamente ou através de seus ungidos, o Senhor derrama do seu Espírito, virtude, dons e poder sobre as pessoas que unge.

"Ungir" coisas dessa vida no sentido de "consagrar" ou "separar" para Deus, para a obra, é erro e blasfêmia. O significado de ungir com azeite, coisas dessa vida, não diz respeito ao real significado como teve no Velho Testamento, pela aparência visível, significando sombras de bens ou coisas futuras, celestiais, santíssimas e eternas.

Um veículo, uma guitarra do grupo de louvor, enfim, essas coisas materiais não podem ser "ungidas" porque são coisas dessa vida e nada representam das coisas espirituais eternas, são coisas deste mundo, utilidades para diversos fins, não podem ser santificadas ou tornarem-se santas e, nem herdam o reino dos céus. Aquele que usa o material ou a coisa torna-a útil para o bem que fizer. Se alguém, que possui a virtude, dom de Deus, toca um instrumento musical, a glória de Deus se manifesta pelo dom que está na pessoa e não pela santificação do instrumento. A virtude que está na pessoa pode impregnar o instrumento, mas, o instrumento em si não pode ser "ungido" como ato ou ritual de consagração.

Um exemplo, ilustrando...
Livro de Levítico, capítulo 5, versículo 11, diz:
"Porém, se em sua mão não houver recurso para duas rolas, ou dois pombinhos, então aquele que pecou trará como oferta a décima parte de um efa de flor de farinha, para expiação do pecado; não deitará sobre ela azeite nem lhe porá em cima o incenso, porquanto é expiação do pecado".

Este ato acima tem um significado de sombras de coisas futuras, interpretação revelada, que, nos dias de hoje ainda ocorre, mas, não dessa forma "figurada", natural, que serviu de modelo ou exemplo, orientando para as coisas que seriam manifestadas após a ressurreição, para nos conduzir a Cristo.

Enfim, não se usa azeite para ungir coisas dessa vida, pois, nada altera a situação e ainda, é erro e, insistindo no erro, peca e blasfema. Usar chifres com azeite, castiçais, etc., são coisas que não são do tempo da graça, essas coisas serviram no Velho Concerto para nos ensinar coisas espirituais, sombras de coisas futuras eternas e, usar isso, nos tempos da graça, é anular o invisível e viver pelo que se vê, pela lei, sem entender a verdade de Cristo. São apenas rituais aparentes que não produzem efeitos.

Mas, sempre lembrando, todo o Velho Testamento não está anulado, está anulada a interpretação natural e a prática de rituais naturais da letra morta sem revelação, carnal e, valendo apenas, para o Novo Testamento, a interpretação revelada oculta em mistérios.

Carta de Tiago capítulo 5, versículos 14 e 15, diz:
"14. Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor;
15. E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados". (destaques meus)

Eis outro:
Evangelho de Marcos, capítulo 6, versículo 13, diz:
"E expulsavam muitos demônios, e ungiam muitos enfermos com óleo, e os curavam". (destaque meu)

Sendo o azeite figura do Espírito Santo no Antigo Testamento, hoje, não tem significado, é apenas azeite, sem qualquer poder ou efeito espiritual. Esses são versículos no Novo Testamento que apresentam a ação de ungir um doente com azeite.

Atos dos Apóstolos, capítulo 28, versículo 8, diz:
"Aconteceu estar de cama enfermo de febres e disenteria o pai de Públio, que Paulo foi ver, e, havendo orado, pôs as mãos sobre ele e o curou". (destaque meu)

Evangelho de Mateus, capítulo 10, versículo 1, diz:
"E, chamando os seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem e para curarem toda enfermidade e todo mal". (destaque meu)

Inúmeras curas de todos os tipos de enfermidades ocorreram sem aplicação de unção com azeite. Até a sombra do apóstolo Pedro, curava.
Atos dos Apóstolos, capítulo 5, versículos 14-16, diz:
"14. E a multidão dos que criam no Senhor, tanto homens como mulheres, crescia cada vez mais, 
15. De sorte que transportavam os enfermos para as ruas e os punham em leitos e em camilhas, para que ao menos a sombra de Pedro, quando este passasse, cobrisse alguns deles
16. E até das cidades circunvizinhas concorria muita gente a Jerusalém, conduzindo enfermos e atormentados de espíritos imundos, os quais todos eram curados". (destaque meu)

Atos dos Apóstolos, capítulo 19, versículos 11 e 12, diz:
"11. E Deus, pelas mãos de Paulo, fazia maravilhas extraordinárias, 
12. De sorte que até os lenços e aventais se levavam do seu corpo aos enfermos, e as enfermidades fugiam deles, e os espíritos malignos saíam". (destaque meu)

Evangelho de Marcos, capítulo 16, versículos 17 e 18, diz:
"17. E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas; 
18. Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão". (destaque meu)

Ungir um doente com azeite, seria significar, ungir com o dom do Espírito Santo. Azeite, no Velho Testamento, representa figuradamente, o Espírito Santo. O azeite usado representaria o "dom do Espírito Santo" derramado sobre o enfermo. O texto da carta de Tiago, diz: "orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor". Toda a obra é feita em nome do Senhor Jesus Cristo. Assim, diz que se faça oração, ungindo em nome do Senhor. O versículo 15 tem variações conforme a tradução da Palavra. Uma versão diz: "E a oração da fé salvará o enfermo"; outra versão, diz: "E a oração, feita com fé, curará o doente". Em outras situações onde foram registradas curas de enfermos temos as orações e imposições de mãos, sem a unção com azeite.

Parece incoerente aceitar a unção com azeite, sabendo que o azeite teria, apenas, no Velho Testamento, significado de coisas espirituais. Ao mesmo tempo, se alguém tem o dom se curar, não precisa ungir o enfermo com azeite para curá-lo.

Mas, e se não houver dom de cura em quem vai orar pelo enfermo? O azeite curará? Será indispensável o azeite, nesse caso?

É notório que multidões já foram ungidas com azeite e nada aconteceu na vida, nem a cura esperada. Diante da Palavra de Deus, se ungiu com azeite e houve oração, em seguida, a cura deveria ocorrer. Onde o problema? O uso do azeite? A oração? A fé?

Seria possível a pessoa ter o dom da cura e, por falta de entendimento, ungir com azeite (porque aprendeu assim), e ocorrer a cura, sem discernir o que realmente operou no ato. Havendo o dom de curar enfermos, a cura é manifestada sem uso do azeite.

Faço a união do Evangelho de Lucas 4:17-21 com Atos dos Apóstolos 10:38, mais a carta 2 Coríntios 1:21 e 22, ampliando a compreensão das sombras das coisas ou bens futuros, como representações ou figuras das verdades espirituais eternas, firmes e imutáveis.

Evangelho de Lucas, capítulo 4, versículos 17-21, diz:
"17. E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito: 
18. O Espírito do SENHOR é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração, 
19. A apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor. 
20. E, cerrando o livro e tornando a dá- lo ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele. 
21. Então, começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos". 

Atos dos Apóstolos, capítulo 10, versículo 38, diz:
"Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele".

Carta de 2 Coríntios, capítulo 1, versículos 19-22, diz:
"19. Porque o Filho de Deus, Jesus Cristo, que entre vós foi pregado por nós, isto é, por mim, e Silvano, e Timóteo, não foi sim e não; mas nele houve sim. 
20. Porque todas quantas promessas há de Deus são nele sim; e por ele o Amém, para glória de Deus, por nós. 
21. Mas o que nos confirma convosco em Cristo e o que nos ungiu é Deus
22. O qual também nos selou e deu o penhor do Espírito em nossos corações".

Lembrando, já antes exposto:
Carta 1 Coríntios, capítulo 12, versículos 4-7, diz:
"4. Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo
5. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo
6. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos
7. Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil". 

Conclusão:
Onde há o dom do Espírito Santo, para curar, há oração da fé, imposição de mãos (e outras formas como lenços e aventais de Paulo) em nome do Senhor, conforme demonstrado. Entretanto, não se unge com azeite.
Onde não há o dom do Espírito Santo, para curar, há oração da fé e unção com azeite em nome do Senhor.

Resposta: Sergio Luiz Brandão

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