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Pergunta e Resposta 051:

Quando qualquer criança morre, seu espírito está salvo, ou não?

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Resposta:

Quando o assunto a ser considerado envolve crianças, torna-se sensível. Mesmo que o assunto a ser abordado envolva a pessoa da criança, submetido à verdade ensinada pela Palavra de Deus, não pode ser ajustado às condições da razão e do sentimento naturais, conforme opiniões individuais infundadas, dentro do ambiente cristão. Segundo a carta do apóstolo Paulo, 1 Coríntios, capítulo 2, o entendimento segundo o SENHOR Deus, expresso segundo a sua Palavra, e o entendimento segundo o homem natural, são distintos e discernidos espiritualmente.

No mundo, as crianças são posicionadas sob a proteção da inocência, da pureza, da falta de culpa e sem pecados, decorrendo, então, algumas frases: "é apenas uma criança"; "criança não tem entendimento"; "criança é inocente"; "criança não tem maldade"; "todas as crianças são puras e limpas" etc. Sem conhecer a Palavra de Deus, essas frases, são aceitas prontamente e sem mais considerações. Conhecendo a Palavra de Deus, essas frases precisam ser reconsideradas, pois, a razão e o conhecimento naturais (conforme o homem natural), são diferentes do conhecimento da parte do SENHOR Deus, pela sua Palavra.

Existem textos da Palavra de Deus frequentemente usados como uma máxima quando se pergunta sobre a condição da criança após sua morte, se o espírito desta está salvo, ou não.

Evangelho de Mateus, capítulo 19, versículos 13-15, diz:
"13. Trouxeram-lhe, então, algumas crianças, para que lhes impusesse as mãos e orasse; mas os discípulos os repreendiam. 
14. Jesus, porém, disse: Deixai os pequeninos e não os estorveis de vir a mim, porque dos tais é o Reino dos céus. 
15. E, tendo-lhes imposto as mãos, partiu dali". (destaque meu)

Evangelho de Marcos, capítulo 10, versículos 13-16, diz:
"13. E traziam-lhe meninos para que lhes tocasse, mas os discípulos repreendiam aos que lhos traziam;
14. Jesus, porém, vendo isto, indignou-se, e disse-lhes: Deixai vir os meninos a mim, e não os impeçais, porque dos tais é o reino de Deus.
15. Em verdade vos digo que qualquer que não receber o reino de Deus como menino, de maneira nenhuma entrará nele.
16. E tomando-os nos seus braços, e impondo-lhes as mãos, os abençoou". (destaque meu)

Para os textos bíblicos acima, por consequência de uma possível desacautelada e temerária interpretação, padronizou-se unânime entendimento no meio cristão no sentido de que todas as crianças são salvas após a morte, ou seja, vão para o Reino dos Céus. Entretanto, quando ocorre a expansão da interpretação para os demais textos da Palavra de Deus, essa afirmação inicial apresenta incorreção.

A interpretação superficial que fundamentou a máxima proclamada e consolidada, com o passar do tempo, enevoou a possibilidade ou a necessidade da reinterpretação e abrangência plena do texto considerado face à Palavra de Deus. Esse acomodamento doutrinário denominacional chega a ser um comportamento comum no meio cristão, uma confortável inércia incutida pelos pacotes prontos indiscutíveis e intocáveis das doutrinas personalistas existentes.

Propondo abranger a expansão da interpretação do contido em Mateus 19:13-15 e Marcos 10:13-16, face à questão, passo, então, para a apresentação dos textos da Palavra do SENHOR e as devidas considerações.

Consideração 1: Os filhos nascidos de pais santos ou não santos (incrédulos).

Carta 1 Coríntios, capítulo 7, versículos 12-14, diz:
"12. Mas, aos outros, digo eu, não o Senhor: se algum irmão tem mulher descrente, e ela consente em habitar com ele, não a deixe. 
13. E se alguma mulher tem marido descrente, e ele consente em habitar com ela, não o deixe. 
14. Porque o marido descrente é santificado pela mulher, e a mulher descrente é santificada pelo marido. Doutra sorte, os vossos filhos seriam imundos; mas, agora, são santos". (destaques meus)

A Palavra de Deus assevera que, um filho nascido de pais, homem e mulher, sendo ambos, ou um deles santo, aquele será santo; se, nem o marido ou a esposa for santo, o filho será imundo. A expressão "imundo", na Palavra de Deus, significa impuro, e, no caso considerado, que esse filho não está santificado. Esse filho está com o espírito do mundo, segundo a descendência de Adão, debaixo de condenação. Não sendo santificado, significa que não pertence ao Corpo de Cristo (a Igreja do Senhor), e, diante da Palavra de Deus, se morrer, não terá a salvação do seu espírito. No Reino dos Céus só entram aqueles que tiverem seus espíritos santificados.

O filho de um casal, ao nascer santificado, significa que nasce dentro do Corpo de Cristo, ou seja, dentro da Igreja do Senhor. Não é a Igreja, Congregação ou Corpo denominacional. Essa única Igreja ou único Corpo de Cristo está na dimensão de toda a terra, neste planeta Terra. A reunião de todos os santos em todo o planeta forma a Igreja do Senhor, o Corpo de Cristo. Todos os santos, unidos pelo Espírito Santo na face do planeta Terra compõem o Corpo de Cristo. Assim, se um filho nasce santificado, santo, já pertence ao Corpo de Cristo e não precisa crescer ou ter idade de consciência para decidir se deseja ter a salvação em Cristo, pois, já é santo e filho de Deus por causa da descendência santa. Pertencendo ao Corpo de Cristo, deve ser batizado nas águas, e não depende de esperar crescer e ter consciência para decidir por seguir Cristo, pois, já pertence ao Corpo.

Segundo a Lei do Velho Testamento uma criança de oito dias, nascida do povo de Israel, a nação santa separada pelo SENHOR Deus, deveria ser circuncidada - Gênesis 17:12; 21:4. Uma criança de oito dias esperaria crescer para decidir se queria ser ou não circuncidada, ou, seus pais decidiriam por ela? Não. A criança já pertence ao SENHOR Deus porque nasce de pais que pertencem ao povo de Israel, o povo que o SENHOR separou para si, a nação santa. A circuncisão é o ato de separação, consagração daquele que pertence ao SENHOR Deus. Como sombra das coisas ou bens futuros, representa, hoje, o batismo nas águas. Recusar batizar uma criança santificada significa que está colocando-a fora do Corpo de Cristo e declarando-a imunda. Isso é gravíssimo. É uma blasfêmia contra o sangue do Cordeiro por ela derramado e contra o Pai.

A santificação ocorre pelo poder do Espírito Santo no espírito da pessoa do crente, daquele que crê, que passa a ser, então, santo. O Espírito Santo, em ambos, ou em apenas um, do casal, gera uma filho santo, santificado. Sem o Espírito Santo não há santificação. Sendo assim, independentemente da idade, o imundo ou impuro, que não tem o Espírito Santo, não terá acesso ao Reino dos Céus.

Se afirmar que toda criança terá seu espírito salvo quando morrer, independentemente das condições pessoais, descendente de pais crentes ou não, será anulada a premissa de que todos nascem do pecado e em pecado, conforme afirma a Palavra de Deus. Segundo a Palavra de Deus, todos aqueles que nascem pela descendência de Adão, nascem em pecado, ou seja, nascem gerados por pais que têm em si o espírito do pecado (espírito do mundo). Se um desses pais for santificado, sendo santo, a criança será santa ou santificada, entretanto, se nenhum dos dois for santo, será imunda ou impura.

Portanto, se afirmar que todas as crianças são inocentes, não têm consciência de pecado, são puras, sem culpa, e por isso serão salvas após a morte, fica anulada a Palavra de Deus sobre a condição de que todos os nascidos da descendência de Adão, nascem em pecado, ou seja, impuros e espiritualmente mortos; anula-se, também, o ensino dado pelo apóstolo Paulo em 1 Coríntios 7:12-14.

Carta aos Romanos, capítulo 5, versículos 12-21, diz:
"12. Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram;
13. Porque até à lei estava o pecado no mundo, mas o pecado não é imputado não havendo lei. 
14. No entanto, a morte reinou desde Adão até Moisés, até sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão, o qual é a figura daquele que havia de vir. 
15. Mas não é assim o dom gratuito como a ofensa; porque, se, pela ofensa de um, morreram muitos, muito mais a graça de Deus e o dom pela graça, que é de um só homem, Jesus Cristo, abundou sobre muitos. 
16. E não foi assim o dom como a ofensa, por um só que pecou; porque o juízo veio de uma só ofensa, na verdade, para condenação, mas o dom gratuito veio de muitas ofensas para justificação. 
17. Porque, se, pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça e do dom da justiça reinarão em vida por um só, Jesus Cristo. 
18. Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida. 
19. Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim, pela obediência de um, muitos serão feitos justos. 
20. Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça; 
21. Para que, assim como o pecado reinou na morte, também a graça reinasse pela justiça para a vida eterna, por Jesus Cristo, nosso Senhor". (destaques meus)

Carta 1 Coríntios, capítulo 15, versículos 21 e 22, diz:
"21. Porque, assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem. 
22. Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo". (destaques meus)

Carta aos Hebreus, capítulo 12, versículo 14, diz:
"Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor". (destaque meu)

Nessa primeira consideração, tomando por base a carta de 1 Coríntios, capítulo 7, versículos 12-14, e demais textos relacionados ao contexto, compreende-se que, não é a consciência do pecado que salvará o espírito da criança, mas a descendência dela. A descendência espiritual identifica a origem do nascimento de alguém, sendo essa a condição determinante se haverá ou não a salvação do espírito de uma criança.

Consideração 2: A revelação dos mistérios eternos do SENHOR Deus aos pequeninos (ou crianças).

Obs: Os textos destacados com cores iguais demonstram a correspondência de contexto entre eles.

Evangelho de Mateus, capítulo 11, versículo 25, diz:
"Naquele tempo, respondendo Jesus disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos". (destaque meu)

Evangelho de Lucas, capítulo 10, versículo 21, diz:
"Naquela mesma hora se alegrou Jesus no Espírito Santo, e disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do Céu e da terra. que escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste às criancinhas, assim é, ó Pai, porque assim te aprouve". (destaque meu)

Lendo os versículos de Mateus 11:25 e Lucas 10:21, surge a pergunta: O Pai ocultou ou escondeu, o quê?

A questão é respondida em 1 Coríntios 2:1-16 e Evangelho de Mateus 18:1-6:

Carta 1 Coríntios, capítulo 2, versículos 1-16, diz:
"1. E eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria
2. Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado. 
3. E eu estive convosco em fraqueza, e em temor, e em grande tremor. 
4. A minha palavra e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e de poder
5. Para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus
6. Todavia, falamos sabedoria entre os perfeitos; não, porém, a sabedoria deste mundo, nem dos príncipes deste mundo, que se aniquilam; 
7. Mas falamos a sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória
8. A qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se a conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da glória. 
9. Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem são as que Deus preparou para os que o amam. 
10. Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus. 
11. Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus
12. Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus
13. As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais
14. Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente
15. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido
16. Porque quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo". (destaques meus)

Evangelho de Mateus, capítulo 18, versículos 1-6, diz:
"1. Naquela mesma hora, chegaram os discípulos ao pé de Jesus, dizendo: Quem é o maior no Reino dos céus? 
2. E Jesus, chamando uma criança, a pôs no meio deles 
3. E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças, de modo algum entrareis no Reino dos céus. 
4. Portanto, aquele que se tornar humilde como esta criança, esse é o maior no Reino dos céus. 
5. E qualquer que receber em meu nome uma criança tal como esta a mim me recebe. 
6. Mas qualquer que escandalizar um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma mó de azenha, e se submergisse na profundeza do mar". (destaques meus)

Carta 1 Pedro, capítulo 5, versículo 5, diz:
"Rogo igualmente aos jovens: sede submissos aos que são mais velhos; outrossim, no trato de uns com os outros, cingi-vos todos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça". (destaque meu)

Segundo o dicionário, humildade é: Qualidade da pessoa humilde, modesta, simples, sem vaidades; simplicidade. Escassez de luxo, de fausto, de ostentação; sobriedade: a humildade de suas vestes. Qualidade de quem tem consciência de suas limitações; modéstia. Humildade é o contrário de: altivez, arrogância, riqueza, desobediência, insubordinação, fausto, orgulho, soberba.
Fonte: https://www.dicio.com.br/humildade/

Ensina o apóstolo Paulo na carta de 1 Coríntios 2:1-16, que a sabedoria do SENHOR Deus é diferente da sabedoria dos homens naturais (sabedoria do mundo). As verdades eternas ensinadas através da Palavra de Deus só podem ser conhecidas, aceitas e cridas, pela fé, que é um dom de Deus. Assim, o espírito do mundo e o Espírito Santo não se misturam, são distintos, por isso, o espírito daquele que crê será santificado, como verdadeiramente nascido de novo.

Quando Jesus olhou para as crianças, a humildade e simplicidade nelas, ele viu todos nós, os que creem nele (Mateus 18:6), sem considerar as idades naturais. Em Mateus 11:29, o Senhor Jesus diz que Ele é manso e humilde de coração, sendo o exemplo para todo aquele que é chamado de filho de Deus. A santificação do espírito do ser humano, pelo Espírito Santo, verdadeiramente, traz essa simplicidade e humildade.

Consideração 3: O perfeito louvor dos pequeninos.

Evangelho de João, capítulo 3, versículos 1-8, diz:
"1. E havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, príncipe dos judeus. 
2. Este foi ter de noite com Jesus e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és mestre vindo de Deus, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele. 
3. Jesus respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus
4. Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura, pode tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer? 
5. Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus
6. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito
7. Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo
8. O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito". (destaques meus)

O novo nascimento, de todo aquele que crê, é real. O novo nascimento não é uma "vida melhor", é, na verdade, uma nova vida. Antes do novo nascimento pelo Espírito Santo, todos estavam debaixo do domínio da natureza do espírito do mundo pela descendência de Adão. Pela descendência de Adão, o espírito humano é impuro ou imundo (Carta 1 Coríntios 7:14), preso debaixo do pecado, filhos da desobediência (Carta aos Efésios 2:2), de natureza terrena. O novo nascimento, gerado pelo Espírito Santo, traz àquele que crê, a natureza celestial, santa.

Carta aos Romanos, capítulo 8, versículo 11, diz:
"Se habita em vós o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do seu Espírito, que em vós habita". (destaque meu)

Livro dos Salmos, capítulo 8, verso 2, diz:
"Da boca das crianças e dos que mamam tu suscitaste força, por causa dos teus adversários, para fazeres calar o inimigo e vingativo". (destaque meu)

Evangelho de Mateus, capítulo 21, versículo 16, diz:
"E disseram-lhe: Ouves o que estes dizem? E Jesus lhes disse: Sim; nunca lestes: Pela boca dos meninos e das criancinhas de peito tiraste o perfeito louvor"? (destaque meu)

Carta 1 Pedro, capítulo 2, versículo 2, diz:
"Desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação". (destaque meu)

Todo aquele que nasce de novo (era morto e foi vivificado - Romanos 8:11), do Espírito Santo, é recém-nascido, com natureza celestial e, como tal, inicialmente, será amamentado pelo leite espiritual não falsificado. Esse leite espiritual não falsificado refere-se aos rudimentos ou conhecimentos elementares da Palavra de Deus inicialmente aprendidos, e depois, progressivamente, haja perfeito crescimento nas coisas do Reino dos Céus.

Os pequeninos ou crianças que estão sendo amamentadas (Salmo 8:2; Mateus 21:16 e 1 Pedro 2:2), são os que creem, desde o novo nascimento, como recém-nascidos, cujo perfeito louvor flui de um espírito santificado e verdadeiramente livre, glorificando ao Pai e ao Filho.

Consideração 4: Os povos julgados pelo SENHOR Deus e as crianças.

A Palavra de Deus é abundante em figuras de linguagem, alegorias e parábolas, e essas, são as denominadas "sombras das coisas ou bens futuros" (Colossenses 2:17; Hebreus 8:5; Hebreus 10:1). Portanto, qualquer ensino ou doutrina bíblica afirmando que o Velho Testamento não serve para os dias atuais, é falsa. Todos os eventos e a lei do Velho Testamento possuem revelações embutidas e, dessas, os apóstolos atentaram com diligência e zelo na interpretação revelada, as quais nos transmitiram através das suas cartas (ver exemplo - carta aos Gálatas, capítulo 4).

Nos eventos do Antigo Testamento ocorreram batalhas entre a nação separada do mundo pelo SENHOR Deus, Israel, e as demais. Ocorreram batalhas para as quais o SENHOR Deus ordenava que todos os integrantes daquela nação fossem mortos, inclusive crianças e mulheres que amamentavam. Quando o SENHOR ordenava tal feito significava que toda aquela nação foi submetida ao seu julgamento e condenada diante do seu tribunal celestial. O SENHOR jamais cometeu injustiça. Esses eventos são sombras das coisas e bens futuros, significando verdades espirituais firmes e eternas.

Para os dias de hoje, esses eventos do passado nos servem como exemplo, para que haja compreensão das verdades do SENHOR Deus e sua Palavra. O homem, quando não aceita a Palavra de Deus, procura atenuar a real interpretação, ajustando sua incredulidade dentro do texto bíblico, criando, assim, uma falsa verdade, conforme já demonstrado anteriormente através da carta de 1 Coríntios, capítulo 2, versículos 1-16.

Um evento tomado como exemplo está no livro de 1 Samuel, capítulo 15, versículos 1-3, que diz:
"1. Disse Samuel a Saul: Enviou-me o SENHOR a ungir-te rei sobre o seu povo, sobre Israel; atenta, pois, agora, às palavras do SENHOR. 
2. Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Castigarei Amaleque pelo que fez a Israel: ter-se oposto a Israel no caminho, quando este subia do Egito. 
3. Vai, pois, agora, e fere a Amaleque, e destrói totalmente a tudo o que tiver, e nada lhe poupes; porém matarás homem e mulher, meninos e crianças de peito, bois e ovelhas, camelos e jumentos". (destaque meu)

Para nós, hoje, a interpretação revela que, se o SENHOR Deus julgar uma nação, ela poderá tanto passar pela morte natural e/ou espiritual. O SENHOR Deus, mediante julgamento, condena à morte física ou espiritual todos os seus membros (uma nação é um corpo).

Aqui temos uma nação inteira, dos amalequitas, condenada pelo SENHOR Deus. Desse evento, a revelação, pode abranger outras dimensões como, uma cidade, um bairro, uma rua, uma família, uma determinada congregação que se diz cristã ou evangélica, inclusive. Aqueles que ensinam uma falsa verdade de uma falso evangelho e de um falso cristo poderão sofrer julgamento e condenação da parte do SENHOR Deus. Poderão estar, já, espiritualmente mortos, mesmo que estejam, aparentemente vivos.

Provérbios, capítulo 20, versículo 11, diz:
"Até a criança se dá a conhecer pelas suas ações, se o que faz é puro e reto". 

Consideração 5: Conclusão.

Diante do exposto, evidenciou-se que há erro em afirmar que todas as crianças serão salvas ao morrerem. A frase de Jesus dizendo que das crianças é o Reino dos Céus (Evangelho de Mateus 19:13-15; Evangelho de Marcos 10:13-16), diz respeito a todos aqueles que creem, independente da idade. As crianças, no caso, são citadas com sentido figurado ou alegórico, por causa da humildade e simplicidade.

Os precedentes espirituais dos pais determinarão se o filho será santo ou não, puro ou impuro. Dessa premissa temos o ensino no sentido de que aqueles que nascem dentro do Corpo de Cristo, a Igreja, de pais santos, são santos e, consequentemente, já pertencem ao SENHOR Deus. Essa condição não se dá àqueles que nascem fora do Corpo de Cristo, ou seja, não são santos e, consequentemente, não terão acesso ao Reino dos Céus se morrerem. A descendência espiritual identifica a origem do nascimento de alguém, sendo essa a condição determinante se haverá ou não a salvação do espírito de uma criança. Sem santificação não há salvação do espírito, mesmo sendo criança.

Resposta: Sergio Luiz Brandão
Atualização: 10.07.2023
Alterações:
Inclusão em 10.07.2023: Considerações 4: Os povos julgados pelo SENHOR Deus e as crianças.

Leitura complementar:
· Espírito ou Alma, Vida, Coração, Fôlego da Vida, Respiração....

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