Título: 001. Orando I - Orando II

Autor: Sergio Luiz Brandão

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Orando I

Descansa em mim filho querido
Tu pensaste que eu havia partido
Criança na fé, poder acima dos homens
Longa a tua caminhada por uma fiel estrada
Que te dei, te confiei, para a Palavra propagar
Da tua boca fluirá meu deleite
Rios d'água-viva, por tanto te amar

Sempre estive contigo, já estavas escolhido
Para compor meu rebanho

Saia ao mundo, encontre minhas ovelhas perdidas
Para que no dia da minha visita
Por meu amor, irei te elevar

E cantaremos sem fim, um inexprimível louvar
Tocarás como Davi, nas cordas de estrelas
Um instrumento que só eu posso te dar

Se sentir um vazio, inesperado te afligir
Não temas, estou contigo
Jamais pense que eu tenha partido
Essa breve sensação, é uma dúvida que te incomoda
Nada temas, é a tua prova
Sou teu Pai, teu Fiel
Que te quer limpo
Pelo mundo, a falar das coisas do Céu.

Orando II

Alma minha que quer abandonar, o arado de um deus sem altar
Tentando livrar-se do jugo da morte em vida, nas lutas sucumbes
Entristece o Espírito Santo, desonrando a luz que te deu sem medida
Apagando o amor que deu pela sua vida

E sofremos a pena de uma distância indesejada,
Arrastado pela manha de uma fera maligna
Que ruge, mas não ouço, e está sempre na esquina
Pronta para um laço, um abraço, uma investida
Só Deus pode me salvar

Espero Nele, pois meu desejo é estar longe da fera, junto do Altar
Que confiou por muito me amar
Mas que um bicho com manha, faz de tudo, e não quer
Que eu assim venha a estar

E faça o que for, me arrase em vida, morro mas não vou
Sou o sofrimento que não consigo relaxar
Sou o abatido, que nunca deixou de lutar
E, mesmo que já pareça, vencido pela fera
Meu amor por Deus jamais dilacera

Minha vida é Dele, e não há outra alternativa
Mesmo que não pareça, estou Nele, com reta e justa medida
Sabe Ele como passo por tudo isso
Sabe que corrói, que mói, que dói
Não importa se de algo eu não saiba
Mas importa sim, que não o negue e somente a Ele me entregue

Mesmo que a aparência não diga
Mesmo que eu pareça um vivo engano
Mas, hoje, digo que sem Ele estaria assim
Jogado ao mundo, sem Pai, sem pano, sem dono
MEU DEUS! COMO EU TE AMO!